sexta-feira, 8 de abril de 2011

Bom Retiro do Sul - parte 3

     O pior de levar uma situação na brincadeira é quando você começa a descobrir que ela não é de todo uma brincadeira. Quando a gente vê que algumas brincadeiras não são exagero e que de certa maneira tem um fundo de verdade.
     Depois de uma primeira noite tranquila (pelo menos porque não abrimos os olhos) no nosso amado hotel, algumas coisas estranhas começaram a acontecer:

   1 - Terça-feira de noite quando tocou o sino da igreja da cidade, uma das janelas do quarto abriu sozinha. Não, não to inventando nem exagerando. Na primeira badalada do sino a janela abriu sozinha mesmo. O Kaio saiu correndo pra fechar ela enquanto o Marcos chingava tudo que era nome possível conhecido.

   2 - As nossas lâmpadas la estão presas a um fio que desce até mais ou menos a metade da 1/3 da altura do quarto. Só que as vezes elas gostam de brincar de balanço. Do nada, começam a balançar sozinhas, sem ter vento nem nada que possa fazer isso acontecer.

   3 - Somos os únicos no hotel (acho que ninguem mais tem a capacidade mental de ficar la... na verdade nós tambem não temos, mas é isso ou dormir no carro.... se bem que eu podia ter trazido minha barraca). Mas na noite de quarta pra quinta-feira foram ouvidos passos no corredor durante a noite, o Marcos viu sombras sem ter o que as projete (o Marcos sempre com as sombras né).

   O fato é que pesquisando fiquei sabendo de algumas coisas: em 1979 aconteceu uma enchente muito grande na cidade e as pessoas daqui falam que o hotel foi usado como hospital. Resultado: morreram la dentro umas 12 pessoas. Agora tentem imaginar como nós estamos nos sentindo sabendo que tem uma cama de hospital no nosso quarto e que as camas que estamos dormindo são daquela época.






Tem mais: a tia que cuida do lugar é definitavamente a cara e o focinho da "louca dos dinossauros" do episódio da casa mal assombrada do Chapolin. Devido a esses fatos fui obrigado a buscar na net e colocar no celular pra rodar a noite um som muito conhecido desse programa.




   No mais: começamos a semana com uma TV Sharp Linytron de 1982 no quarto. Pedimos ao tiozinho, que é filho da louca dos dinossauros, para nos conseguir uma TV mais nova para o uso do DVD que levamos. Ele conseguiu obviamente: trocou por uma Philco Ford de 1984 ¬¬ (nunca tinha visto pegar a Radio Gaúcha numa TV)
TV nova do quarto




TV velha do quarto
Marcos em 1920


 

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